ELITES MUNDIAIS

Como pensam as elites mundiais

Como sabemos o império Romano se manteve no poder por muito tempo com a política do pão e circo.

Têm-se tentado aplicar esse mesmo princípio em nossa realidade atual.

Porém os tempos mudaram devido aos avanços da tecnologia e da ciência.

As necessidades do povo se tornaram mais amplas e vivemos uma nova “política de dominação” que se manifesta de forma cada vez mais clara.

Para se manter no velho jogo do poder é preciso hoje ampliar as antigas concepções. Pão e Circo já não bastam. O povo necessita de novos elementos:
-Pão (alimento)
-Status (o velho circo, com uma nova roupagem)
-Saúde (que significa ter um mínimo acesso as benécies da ciência)
-Moradia (um lugar para repousar, enquanto se espera a morte).
Esses elementos foram analisados minuciosamente pelas classes dominantes, que buscam nos dar esse “pacote básico” para que não enxerguemos a realidade.

Educação e cultura não são necessários, pois podem nos levar a questionar a base de todo esse sistema. Esse é o motivo pelo qual os sistemas educacionais estão cada vez mais sucateados.

Para levar a cabo essa contínua dominação, é necessário que se dê ao povo:
1° – Pão. Ou seja, na produção de alimentos. Vejam bem, ignora-se a qualidade destes (transgênicos, agrotóxicos, hormônios, etc…), mas desde que sejam produzidos em grande escala para serem empurrados goela abaixo na população(ração?).

2° – Status. Eis o elemento mais complexo, visto de baixo, mas extremamente simples e inteligente se visto de cima. Consumo! Tudo se resume a isto. Como incitar o consumo das massas para manter o sistema funcionando? Incute-se o seguinte pensamento no povo:
“Meu objetivo de vida é ter mais do que você! Se não tenho, vivo de minhas fantasias de grandeza, julgando que provavelmente você é pior do que eu em algum aspecto”. Esse pensamento reside nas mais profundas intenções do “homem moderno”. Para isso, ele precisa ter pelo menos um elemento que o diferencie dos outros. Esse elemento o fará diferente, um ser melhor, que possa ser aceito e admirado pelos outros. Hoje temos todas as várias tralhas tecnológicas, o acúmulo de bens, poder, e tudo o que esteja ligado a nossa essência egoísta para servir a esse propósito.
3° – Saúde. Hoje também traduzida como qualidade de vida, pelos mais abastados. Enfim, para não se revoltar, os pobres precisam ter acesso ao mínimo de saúde pública (o que está difícil no Brasil). Para os que tem alguma condição, essa saúde também toma o aspecto da qualidade de vida. O culto ao corpo tão vigente nos dias de hoje que gera ainda mais consumo.

4° – Moradia. Um lugar para ficar. Não importando se pagamos um absurdo de juros, nem se pagamos o que o imóvel realmente vale… Esqueçam! A reforma agrária jamais será realizada no Brasil. Sorte de quem teve ancestrais mais “gananciosos”, esses podem usufruir hoje de grandes propriedades improdutivas que impõe um mísero destino a grande parte do povo.

Que cada um analise a si mesmo… Se tivermos todos esses itens, ainda teremos motivos para nos revoltar?

Para a grande maioria, a resposta é não!

Somos assim! Toda a nossa aspiração de vida pode se resumir a estes 4 pontos.
Porém com essa postura, por ignorância, aceitamos intrinsecamente conviver com a desigualdade no mundo.
Aceitamos que jamais poderemos realizar determinados sonhos que outros podem, muitas vezes devido a corrupção de que foram capazes.

Aceitamos ser servos de um sistema que nos escraviza em determinado modo de vida, onde não recebemos todo o retorno pelo nosso trabalho. Chegamos ao ponto de nem mesmo perceber como isso é absurdo!

Fazendo uma atualização do discurso da servidão voluntária (Ethienne de La Boétie), aceitamos que poucos tenham tudo e que uma maioria não tenha nada, desde que não nos faltem esses 4 pontos básicos.

A classe dominante sabe que apenas a classe mediana pode fazer alguma diferença para mudar, e foca seus esforços no obumbramento dessa classe.
A classe mais baixa é vista exclusivamente como “gado”, escravos ou massas de manobra.

Porém, o mundo não é tão “perfeito” assim.

A complexidade de todo o sistema faz com que manter esse esquema esteja cada vez mais difícil… E todos estão percebendo isso.

Mais uma vez surge o clamor por renovação…

Vem ai uma nova revolução…

Estamos diante da velha crítica diante da nova ociosidade.

A busca por quebrar o que temos aí para buscar o inesperado, não calculado, apenas para satisfazer a vontade de ser inovador é calor adolescente. Sem base, sem ciência.
Isso é só uma fase, transe e cresça.
tripcode (opcional):  não bata fio

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